Alo alo, habitantes da Internet!
Acho que é a primeira critica que aqui escrevo em português, mas como as únicas cópias que encontrei deste livro foram em português e castelhano não pensei que fosse útil para ninguém fazer isto em inglês. No entanto, tenho muito mais receio de escrever em português, talvez por ser estranhamente mais intimo, por favor não julguem. Bora nessa!
Este primeiro volume de Cadernos de Lanzarote trata-se do diário mantido por Saramago no ano de 1993 (ou 94 ainda não percebi bem), enquanto morou na ilha em causa juntamente com Pilar. Neste diário o autor foca-se maioritariamente em episódios quotidianos, algumas reflexões filosóficas e claro na sua opinião implacável sobre inúmeros tópicos.
Sendo Saramago um dos meus escritores preferidos, era inevitável ler estes pequenos diários. Para falar verdade, não esperava adorar este livro, afinal de contas é um diário (um exercício que pode ser visto como narcísico, tendo em conta que o autor sabia que ia ser publicado). Foi uma leitura rápida que me deixou ainda mais apaixonada pela escrita deste autor maravilhoso. Saramago salta-nos das paginas dos livros e ficamos perante aquilo que parece ser uma verdadeira modéstia que seriamos capazes de esperara de um autor como ele.
A simples descrição do seu dia a dia deixa-me maravilhada e as conversas que conta ter com pessoas que fazem parte da nossa memoria e cultura coletiva criam em mim um quê de inveja e simultaneamente de respeito.
Foi uma leitura leve e divertida que me levou para dentro da mente de um dos meus escritores preferidos. Recomendo o livro a todos os que apreciam a escrita de Saramago e claro para aqueles que tencionam entender melhor a vida do artista.
Dou ao livro 4 em 5 estrelas.
Adeus e não se cansem de ler!
IcthusBookCorner 